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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Poder de Deus na vida e Ministerio de Duncan Campbell

Por Wesley L. Duewel.
Meu caro amigo, o Rev. Duncan Campbell, ministro da United Free Church da Escócia, foi poderosamente usado no reavivamento das Ilhas Hébridas que começou em dezembro de 1949 e continuou em várias ondas nos anos sucessivos. Talvez nenhum ministro deste século tenha experimentado tantas manifestações notáveis do poder do Senhor. Ele não fazia parte do movimento carismático e não dava ênfase às manifestações de dons. Até o dia de sua morte em 1972, Duncan permaneceu um humilde profeta de Deus.
Em abril de 1918, sangrando profusamente em virtude de ferimentos quase fatais em uma das últimas cargas de cavalaria da Primeira Guerra Mundial, Duncan Campbell foi atirado sobre um cavalo para evacuação e tratamento. Ele fez a famosa oração de McCheyne: "Senhor, torna-me tão santo quanto um pecador salvo pode ser". Instantaneamente sentiu o grande poder de Deus, como um fogo purificador, varrendo todo o seu ser. A presença e o poder de Deus eram tão reais que ele julgou estar indo para o céu.
Enquanto permanecia deitado numa padiola entre os feridos na Seção de Emergência, citou, no idioma gaélico das regiões montanhosas da Escócia, a versão métrica do Salmo 103, tão amado pelos escoceses. Dentro de minutos a poderosa convicção do Espírito Santo caiu sobre os outros feridos, e sete canadenses nasceram de novo no mesmo instante. A seguir, um a um começou a testemunhar. Duncan havia descoberto o segredo do poder sobrenatural do Espírito Santo. A partir de então e até a sua morte, teve um desejo consumidor de Deus, do Seu reavivamento e da manifestação do Seu poder.
Quando a guerra terminou e sua recuperação foi completada, viajou pelos distritos rurais de Argyllshire, visitando de casa em casa, lendo as Escrituras, testemunhando e orando com as pessoas. Em breve se juntou a Faith Mission Training Home em Edimburgo para um curso intensivo de nove meses. Em suas tarefas práticas, começou a ganhar pessoas para Cristo. Certo dia, antes do início da aula, Duncan levantou-se e testemunhou que Jesus era o seu melhor amigo. O poder de Deus desceu sobre a classe, os estudantes caíram de joelhos, os estudos foram esquecidos, e eles oraram durante horas. Este foi o primeiro indício dos planos de Deus para usar Campbell poderosamente num reavivamento real.
Depois da formatura, Campbell, com uma equipe da Faith Mission, começou a pregar em prédios de escolas rurais e igrejas. Deus derramou o Seu Espírito em poder. Uma professora foi tão tocada por Deus enquanto andava de bicicleta que teve de ajoelhar-se ao lado da estrada ao receber salvação. Cerca de 200 pessoas começaram a freqüentar os cultos. Velhos e jovens eram profundamente convencidos do pecado e se voltavam para Cristo.
Ele teve de enfrentar muita oposição ao começar seu ministério na Ilha de Skye. Duncan andava pelas estradas à noite, orando pela ajuda de Deus. Três jovens mulheres receberam um grande fardo de oração e oraram a noite inteira em sua casa, enquanto Duncan fazia o mesmo num curral. Na noite seguinte, o poder de Deus caiu sobre as reuniões. As pessoas ficavam de tal forma dominadas pela convicção do Espírito Santo que gemiam pedindo misericórdia. A freqüência aumentou e o poder de Deus foi sentido em toda a comunidade. Famílias inteiras foram convertidas.
Duncan viajou de cidade em cidade, pregando onde podia e orando com as pessoas ao lado da estrada, nas encostas, nas casas, ou onde quer que as encontrasse. Os novos convertidos começaram a orar pelos parentes não-salvos e muitos se converteram. Um deles, voltando da Austrália, foi convertido antes de chegar à Escócia.
Algumas vezes as pessoas eram tiradas de casa pelo imenso poder do Espírito e iam aos lugares onde alguns da congregação se achavam reunidos — até mesmo do lado de fora da delegacia policial. Deus estava tão presente que as pessoas caíam de joelhos e começavam a orar. Às vezes, durante os cultos, as pessoas eram obrigadas a curvar-se diante da presença majestosa de Deus, mediante o poder do Espírito. Os cristãos gemiam e os pecadores gritavam por misericórdia.
Durante o despertamento em Barvas, o poder de Deus trabalhou de tal modo através da comunidade que a maior parte do trabalho secular foi abandonado, e as pessoas buscavam a Deus o dia inteiro em suas casas, nos estábulos, nas cabanas, à margem da estrada e nos campos. Era costume de Duncan ficar num lugar enquanto as pessoas continuassem a se achegar ao Senhor e depois ir para outra comunidade.
Durante o reavivamento em Lewis, a ilha que fica mais ao norte das Hébridas, parecia que toda a ilha se achava repleta de Deus. Os visitantes eram tocados pelo Espírito antes de colocarem os pés na ilha. Um homem disse a um ministro local que não assistira a nenhum culto, mas não conseguia ficar longe do Espírito Santo. Um jovem motorista de ônibus parou o carro e pediu aos passageiros que se arrependessem.
Às vezes o poder de Deus caía sobre as pessoas, a ponto de elas chorarem tanto que Campbell tinha de parar de pregar. Ninguém podia ouvi-lo. As pessoas começavam a chorar enquanto estavam sozinhas. Algumas ficavam prostradas pelo poder de Deus, enquanto se achavam a sós nos campos ou em seus teares. Outras andavam pelos campos à noite, impossibilitadas de dormir em vista de tamanha convicção de pecado.
Um grupo de cristãos se reuniu certa noite para orar pelos que ainda não haviam sido salvos e continuavam aparentemente intocáveis por Deus. Cerca da meia-noite, Duncan voltou-se para o ferreiro local e pediu que ele orasse. A casa toda começou, de repente, a tremer, como se sacudida por um terremoto. Os pratos balançavam, e "onda após onda do poder divino varreu o prédio". (1) O Rev. Campbell pronunciou a bênção imediatamente. Enquanto deixava o prédio, a comunidade inteira parecia ter revivido com uma percepção grandiosa da presença de Deus. Noite após noite, as pessoas encontraram Deus em suas casas.
Em um culto, "com a força de um furacão, o Espírito de Deus varreu o prédio" (um evento quase idêntico aconteceu no ministério de Andrew Murray na África do Sul). Instantaneamente muitos ficaram prostrados diante de Deus, enquanto outros choravam ou suspiravam. O efeito se espalhou através de toda a ilha, e pessoas até então indiferentes foram conquistadas pelo Espírito Santo. (2)
Enquanto Duncan Campbell estava em meio a uma convenção na Irlanda do Norte, o Espírito Santo subitamente impressionou-o com o nome da pequena ilha de Berneray, perto da costa de Harris. Isto se repetiu três vezes nos minutos seguintes. Duncan me contou que ele jamais estivera na ilha, nunca se correspondera com ninguém dali, nem conhecia pessoa alguma naquela ilha. Ele imediatamente abandonou o culto (para consternação do coordenador da convenção), pegou suas coisas no hotel e seguiu imediatamente para o aeroporto.
Quando chegou a Berneray, descobriu que um presbítero local orara a noite inteira por um reavivamento e que Deus lhe dissera que enviaria Duncan Campbell e operaria através dele. O presbítero estava tão convencido da obra de Deus que já espalhara a notícia através da ilha e anunciara um culto para algumas horas depois da chegada de Duncan.
Na terceira ou quarta noite, enquanto as pessoas estavam saindo da igreja, o Espírito Santo repentinamente caiu sobre elas quando chegavam ao portão. Ninguém pôde mover-se — eles foram poderosamente detidos pelo poder do Espírito e por um tremendo senso da presença de Deus. Duncan os chamou de volta ao prédio e começou um poderoso movimento de Deus. Em toda a ilha vidas foram sacudidas e transformadas. Vinte anos mais tarde, Campbell soube que os convertidos naquele reavivamento ainda andavam com o Senhor.
Em seus últimos anos, assim como Finney, Duncan dirigiu uma pequena faculdade bíblica. Os estudantes às vezes tremiam quando ele abria a Palavra de Deus. "Havia algo de sagrado na maneira como ele usava o nome de Deus e muitas vezes o hálito do céu enchia a sala quando, com reverência e ternura, ele dizia simplesmente 'Jesus'. Sentíamos que estávamos pisando em solo santo." (3)
Em março de 1960, numa reunião de oração na escola, Deus veio subitamente em poder e "fez em segundos o que outros haviam tentado fazer em meses". (4) O poder de Deus estava tão presente que muitos choraram em silêncio. Uma jovem mulher relatou: "Parecia que se levantasse a cabeça eu veria Deus". Onda após onda do poder de Deus passou através do recinto. De repente, todos ali ouviram música celestial vinda dos céus.
Em pelo menos duas outras ocasiões, ao que sabemos, pessoas presentes com Duncan ouviram subitamente cânticos similares dos coros celestes. Certa vez, cerca das duas da manhã, os membros de uma congregação saíram e andaram juntos pelos campos até outra igreja para onde o Espírito havia dirigido outros e caído repentinamente sobre eles. Enquanto andavam noite a dentro, ouviram de súbito os coros cantando nos céus, e os 200 caíram de joelhos. A experiência foi predominantemente sagrada.
Embora Duncan apreciasse todas as manifestações de Deus e do céu, ele não tinha inclinação carismática. Continuava sendo um clérigo escocês presbiteriano. Duncan não encorajava as pessoas a buscarem manifestações espetaculares. Ele não queria que concentrassem a sua atenção nas emoções, deixando de lado a majestade de Deus. Ele ficara poderosamente cheio do Espírito Santo e vivia na plenitude do Espírito. Mas cria que a coisa mais importante sobre quem quer que fosse era a influência silenciosa da sua personalidade repleta da plenitude de Deus.
Certo dia em Lisburn, na Irlanda do Norte, o presidente da convenção onde Duncan estava falando se encontrava sozinho na sala de refeições quando sentiu de repente "o brilho da presença do Senhor", transformando toda a atmosfera. Ele se sentiu tão indigno de participar dessa poderosa manifestação da presença de Deus que saiu para o jardim, onde ficou chorando silenciosamente. Duncan então apareceu com o rosto resplandecente, falando de uma promessa que o Senhor acabara de lhe fazer sobre bênçãos a serem derramadas.
O dia inteiro a presença de Deus pairou nas cercanias. No culto da noite, depois da mensagem final e da bênção, a organista foi tão dominada pela presença de Deus que seus dedos não conseguiram mover as teclas e tocar o poslúdio. O poder de Deus dominou de tal modo a congregação que todos ficaram quietos e durante meia hora ninguém se moveu. Depois, alguns começaram a orar e chorar. Quatro pessoas testemunharam mais tarde ter ouvido sons indescritíveis dos céus.
Sentar perto de Duncan Campbell e ouvi-lo contar humildemente algumas de suas experiências com as obras sobrenaturais de Deus — chegando a apontar o lugar onde estávamos enquanto contava o que Deus fizera justamente ali — ou ouvi-lo recapitular para um grupo de ministros, a meu pedido, alguns desses tremendos episódios da presença e poder de Deus, era ter o coração renovado e perceber que aprendemos apenas o ABC de tudo o que Deus quer fazer por nós.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Santos incendiados.... Orando por @vivamento.

Dias de Gloria, dias de avivamento!
Eu não sei o que você pensa quando você ouve estas frases sabendo da verdade dentro das declarações destes profetas, como disse Isaías : como as águas cobrem o mar o conhecimento do Senhor cobrira toda terra Is 11:9 também disse Habacuque: Que a terra se encherá do conhecimento da gloria do Senhor como as águas cobrem o mar Hc 2:14
Dentro destas declarações podemos com certeza extrair alguns princípios de avivamento, a terra será coberta pelo conhecimento e pelo conhecimento da Gloria do Senhor. Avivamento fala de vida, de restauração, fala da própria vida de Deus presente elevando nossas expectativas, elevando nossa esperança, nossa moral, e nossa espiritualidade, restaurando em nós o mais puro e nobre amor pelo Senhor, reascendendo o fogo da paixão intensa, liberando nossa devoção, e nos atraindo para santificação e consagração.
Creio que sinceramente não há outra necessidade mais real nos nossos dias que avivamento, vida plena de Deus, Deus beijando a terra.
Eu sei que avivamento tem haver com Deus, é ele quem faz, é ele quem gera, é através D’Ele que tudo acontece. O nosso dever, e nossa responsabilidade é de apenas orar, clamar, chorar, desejar Deus e sua manifestação desesperadamente. Para Deus se manifestar precisa haver suficiente fome, suficiente sede.
Eu creio que se nós cumprirmos nosso dever, Deus fará a parte dele, respondendo com misericórdia, em meio a sua ira, pela realidade em que a terra se encontra neste momento. Por que é sua misericórdia que nos levará a receber de Deus tanto favor, tanta graça em dias de avivamento. Deus não ira defraudar seus filhos que incessantemente clamam por Ele ate que ele venha.
E é isso que nós queremos, é Deus, ate que ele venha e mude a nossa sorte, pois quando o Senhor restaurar nossa sorte ficaremos como quem sonha. Então nossa boca se enchera de riso e nossa língua de jubilo. E vamos dizer entre as nações grande coisas tem feito o Senhor por nós é por isso que estamos alegres. Creio que as ondas de missões mundiais nasceram em berços de avivamentos. Creio que Deus precisa reacender novamente em nós a paixão por missões, por fazer o nome do Senhor notório nos quatro cantos desta terra. E isso tem muito haver com avivamento.
Amados queremos ver jovens se comprometendo com o Senhor, e com esta terra, em oração por avivamento e intercessão pela igreja e pelos santos espalhados nos quatro cantos desta terra.
Precisamos encher os céus com orações dignas dos céus, pois muito vale a oração dos justos. E a oração que é feita dentro da vontade do Senhor é muito poderosa. As orações dos santos tem o poder de governar os céus. Pois quando ligarmos na terra, estaremos ligando nós céus. Nossas orações juntamente com os atos de justiça dos santos irão remover todo bloqueio todo céu de bronze, que há sobre nossas cabeças, vamos experimentar os céus abertos. Mas precisamos nos posicionarmos, urgente nessa missão.
Vamos romper os céus, avançar com o reino, mobilizar os santos, vamos tornar os atos de justiça manifestos aos principados e potestades, vamos redimir esta cultura para o reino. Minha pergunta é quanto tempo por dia você estará disposto a orar por avivamento? Paulo disse sobre o nosso dever de orar sem cessar, orar em todos os lugares levantando mãos santas. Opa! Aqui dentro tem alguns segredos especiais. Orar em todos os lugares é uma chave que através das nossas orações nós teremos o poder de estender da benção e da graça de Deus a toda humanidade, o orar em todo lugar vai liberar estes ambientes para um fluir sobrenatural da graça de Deus.
Levantando mãos, creio muito nas expressões de louvor como que ferramentas que temos de demonstrar nossa realidade Espiritual. Quando temos expressões nós tornamos manifesto uma realidade espiritual, porque nós não oramos em publico? Por que nós não ajoelhamos em publico? Pq não nos derramamos em publico? Por que não levantamos mãos em publico? A modernidade do envangelicalismo brasileiro tem levado os evangélicos a muito constrangimentos em relação a manifestação das verdades bíblicas, muitos não querem se expor se constranger, mas também não compreende o poder espiritual de determinadas práticas. Quando chegamos numa nação islâmica nós vemos sim os muçulmanos se prostrando pelas ruas naturalmente, e fazendo suas orações eles estão manifestando nos céus o que eles crêem ser o certo. Jesus repreendeu os fariseus a pratica de fazerem isto com o objetivo de serem visto pelos homens, notem que Jesus não condenou a pratica mas sim a motivação. Deus hoje quer restaurar a prática com a motivação correta. Muitos moveres de avivamento aconteceu com o intuito dos homens de Deus manifestarem publicamente uma realidade que eles criam. É por isso que temos que levantar as mãos para abençoar publicamente em todos os lugares.
O outro ponto é mãos santas, minhas mãos santas não estão destituídos de uma verdade real em minha vida, se eu sou santo minhas mãos são santas se eu estou sujo contaminado minhas mãos da mesma forma. Quem habitara no monte santo do Senhor? Os limpos de mãos e puros de coração. O que vai me manter numa realidade de autoridade espiritual é minhas mãos limpas, e meu coração puro. O que me santifica é a graça, é a palavra de Deus, é o sangue de Jesus. Precisamos entender que ao levantarmos nossas mãos santas e fazermos determinadas declarações vamos manifestar uma realidade dentro de nós.
Amados nossas orações irão nos introduzir numa realidade de termos a perspectiva de Deus, em relação a igreja, vamos ver a igreja como noiva assim como Deus a vê, vamos ver o mundo segundo a perspectiva de Deus, vamos ver as nações segundo a perspectiva de Deus. Vamos ter os pensamentos de Deus sobre todas as coisas por que os pensamentos de Deus são mais altos mais elevados, estão bem acima de nós, e somente a oração vai nos introduzir dentro destas perspectivas.
Quanto tempo você esta dispostos a orar por Avivamento?
O que você esta disposto a fazer pelo avivamento?
Quando você vai começar a jejuar pelo avivamento?
Não perca tempo, não desperdice seu tempo, tenha seu tempo como algo valioso invista nos céus, dedique se a oração e ore por avivamento.
Por: Fabrício Cézar
Ministério Coram Deo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Charles Finney- Apostolo de @vivamentos

Perto da aldeia de New York Mills, no século dezenove, havia uma fábrica de tecidos movida pela força das águas do rio Oriskany. Certa manhã, os operários se achavam co­movidos, conversando sobre o poderoso culto da noite an­terior, no prédio da escola pública.
Não muito depois de começar o ruído das máquinas, o pregador, um rapaz alto e atlético, entrou na fábrica. O po­der do Espírito Santo ainda permanecia sobre ele; os ope­rários, ao vê-lo, sentiram a culpa de seus pecados a ponto de terem de se esforçar para poderem continuar a traba­lhar. Ao passar perto de duas moças que trabalhavam jun­tas, uma delas, no ato de emendar um fio, foi tomada de tão forte convicção, que caiu em terra, chorando. Segundos depois, quase todos em redor tinham lágrimas nos olhos e, em poucos minutos, o avivamento encheu todas as depen­dências da fábrica.
O diretor, vendo que os operários não podiam traba­lhar, achou que seria melhor cuidassem da salvação da al­-ma, e mandou que parassem as máquinas. A comporta das águas foi fechada e os operários se ajuntaram em um salão do edifício. O Espírito Santo operou com grande poder e dentro de poucos dias quase todos se converteram.
Diz-se acerca deste pregador, que se chamava Carlos Finney, que, depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. Calcula-se que, durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pela obra direta e indireta de Finney. A sua au­tobiografia é o mais maravilhoso relato de manifestação do Espírito Santo, excetuando o livro de Atos dos Apóstolos. Alguns consideram o seu livro, "Teologia Sistemática", a maior obra sobre teologia, a não ser as Sagradas Escritu­ras.
- Como se explica o seu êxito tão destacado nos anais dos servos da Igreja de Cristo? - Sem dúvida era, antes de tudo, o resultado da sua profunda conversão.
Nasceu de uma família descrente e se criou em um lu­gar onde os membros da igreja conheciam, apenas, a for­malidade fria dos cultos. Finney era advogado; ao encon­trar, nos seus livros de jurisprudência, muitas citações da Bíblia comprou um exemplar com a intenção de conhecer as Escrituras. O resultado foi que, após a leitura, achou mais e mais interesse nos cultos dos crentes. Acerca da sua conversão ele relata, na sua autobiografia, o seguinte:
"Ao ler a Bíblia, ao assistir às reuniões de oração, e ou­vir os sermões de senhor Gale, percebi que não me achava pronto a entrar nos céus... Fiquei impressionado especial­mente com o fato de as orações dos crentes, semana após semana, não serem respondidas. Li na Bíblia: 'Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á'. Li, também, que Deus é mais pronto a dar o Espírito Santo aos que lho pedirem, do que os pais terrestres a darem boas coisas aos filhos. Ouvia os crentes pedirem um derrama­mento do Espírito Santo e confessarem, depois, que não o receberam.
"Exortavam uns aos outros a se despertarem para pe­dir, em oração, um derramamento do Espírito de Deus e afirmavam que assim haveria um avivamento com a conversão de pecadores... Mas ao ler mais a Bíblia, vi que as orações dos crentes não eram respondidas porque não ti­nham fé, isto é, não esperavam que Deus lhes daria o que pediam... Entretanto, com isso senti um alívio acerca da veracidade do Evangelho... e fiquei convicto de que a Bíblia, apesar de tudo, é a verdadeira Palavra de Deus.
"Foi num domingo de 1821 que assentei no coração re­solver o problema sobre a salvação da minha alma e ter paz com Deus. Apesar das minhas grandes preocupações como advogado, resolvi seguir rigorosamente a determina­ção de ser salvo. Pela providência de Deus, não me achei muito ocupado nem segunda nem terça-feira, e consegui passar a maior parte do tempo lendo a Bíblia e orando.
"Mas ao encarar a situação resolutamente, achei-me sem coragem para orar sem tapar o buraco da fechadura. Antes deixava a Bíblia aberta na mesa com os outros livros e não me envergonhava de lê-la diante do próximo. Mas então, se entrasse alguém, eu colocaria um livro aberto sobre a Bíblia para escondê-la.
"Durante a segunda e a terça-feira, a minha con­vicção aumentou, mas parecia que o coração se havia en­durecido: eu não podia chorar, nem orar... Terça-feira, à noite, senti-me muito nervoso e parecia-me estar perto da morte. Reconhecia que, se eu morresse, por certo iria para o Inferno.
"De manhã cedo, fui para o gabinete... Parecia que uma voz me perguntava: - 'Por que esperas? Não prometes-te dar o coração a Deus? O que experimentas fazer? - al­cançar a justificação pelas obras?' Foi então que vi, clara­mente, como qualquer vez depois, a realidade e a plenitu­de da propiciação de Cristo. Vi que sua obra era completa e, em vez de eu necessitar duma justiça própria para Deus me aceitar, tinha de sujeitar-me à justiça de Deus por in­termédio de Cristo... Sem o saber, fiquei imóvel, não sei por quanto tempo, no meio da rua, no lugar onde a voz de dentro se dirigiu a mim. Então me veio a pergunta: - 'Aceitá-lo-ás, agora, hoje?' Repliquei: - 'Aceita-lo-ei hoje ou me esforçarei para isso até morrer...' Em vez de ir ao gabi­nete, voltei para entrar na floresta, onde podia derramar a alma sem alguém me ver nem me ouvir."Porém, o meu orgulho continuava a se manifestar; passei por cima dum alto e andei furtivamente atrás duma cerca, para que ninguém me visse, e pensasse que ia orar. Penetrei dentro da mata cerca de meio quilômetro, onde achei um lugar mais escondido entre algumas árvores caí­das. Ao entrar, disse a mim mesmo: 'Entregarei o coração a Deus, ou então não sairei daqui'.
"Mas ao tentar orar, o coração não queria. Pensara que, uma vez sozinho, onde ninguém pudesse ouvir-me, podia orar livremente. Porém, ao experimentar fazê-lo, achei-me sem coisa alguma a dizer a Delis. Toda a vez que tentava orar, parecia-me ouvir alguém chegando.
"Por fim, achei-me quase em desespero. O coração es­tava morto para com Deus e não queria orar. Então repro­vei-me a mim mesmo por ter-me comprometido a entregar o coração a Deus antes de sair da mata. Comecei a pensar que Deus já me tivesse abandonado... Achei-me tomado de uma fraqueza demasiadamente grande para ficar de joe­lhos.
"Foi justamente nessa altura que pensei novamente que ouvia alguém se aproximando e abri os olhos para ver. Logo foi-me revelado que o orgulho do meu coração era a barreira entre mim e a minha salvação. Fui vencido pela convicção do grande pecado de eu envergonhar-me se al­guém me encontrasse de joelhos perante Deus, e bradei em alta voz que não abandonaria o lugar, nem que todos os ho­mens da terra e todos os demônios do Inferno me cercas­sem. Gritei: 'Ora, um vil pecador como eu, de joelhos pe­rante o grande e santo Deus, e confessando-lhes os peca­dos, e me envergonho dele perante o próximo, pecador também, porque me encontro de joelhos para achar paz com o meu Deus ofendido!' O pecado parecia-me horren­do, infinito. Fiquei quebrantado até o pó perante o Senhor. Nessa altura, a seguinte passagem me iluminou: 'Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração...'
"Continuei a orar e a receber promessas e a apropriar-me delas, não sei por quanto tempo. Orei até que sem sa­ber como, achei-me voltando para a estrada. Lembro-mede que disse a mim mesmo: 'Se eu me converter, pregarei o Evangelho'.
"Na estrada, voltando para a aldeia, certifiquei-me da preciosa paz e da gloriosa calma na minha mente. - 'Que é isso?' Perguntei-me a mim mesmo. - 'Entristecera eu o Espírito Santo até retirar-se de mim? Não sinto mais con­vicção...' Então lembrei-me de que dissera a Deus, que confiaria na sua Palavra... A calma de meu espírito era in­descritível... Fui almoçar, mas não tinha vontade de co­mer. Fui ao gabinete, mas meu sócio não voltara do almo­ço. Comecei a tocar a música de um hino no rebecão, como de costume. Porém, ao começar a cantar as palavras sagra­das, o coração parecia derreter-se e só podia chorar...
"Ao entrar e fechar a porta atrás de mim, parecia-me ter encontrado o Senhor Jesus Cristo face a face. Não me entrou na mente, na ocasião, nem por algum tempo de­pois, que era apenas uma concepção mental. Ao contrário, parecia-me que eu o encontrara como encontro qualquer pessoa. Ele não disse coisa alguma, mas olhou para mim de tal forma, que fiquei quebrantado e prostrado aos seus pés. Isso, para mim, foi, depois, uma experiência extraor­dinária, porque parecia-me uma realidade, como se Ele mesmo ficasse em pé perante mim, e eu me prostrasse aos seus pés e lhe derramasse a minha alma. Chorei alto e fiz tanta confissão quanto foi possível, entre soluços. Parecia-me que lavava os seus pés com as minhas lágrimas; contu­do, sem sentir ter tocado na sua pessoa...
"Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso batis­mo com o Espírito Santo. Sem o esperar, sem mesmo saber que havia tal para mim, o Espírito Santo desceu de tal ma­neira, que parecia encher-me corpo e alma. Senti-o como uma onda elétrica que me traspassava repetidamente. De fato, parecia-me como ondas de amor liquefeito; porque não sei outra maneira de descrever isso. Parecia o próprio fôlego de Deus.
"Não existem palavras para descrever o maravilhoso amor derramado no meu coração. Chorei de tanto gozo e amor que senti; acho melhor dizer que exprimi, chorando em alta voz, as inundações indizíveis do meu coração. As ondas passaram sobre mim, uma após outra, até eu clamar: 'Morrerei, se estas ondas continuarem a passar sobre mim!.Senhor, não suporto mais!' Contudo, não receava a morte.
"Não sei por quanto tempo este batismo continuou a passar sobre mim e por todo o meu ser. Mas sei que era já noite quando o dirigente do coro veio ao gabinete para me visitar. Encontrou-me nesse estado de choro aos gritos e perguntou: - 'Sr. Finney, que tem?' Por algum tempo não pude responder-lhe. Então ele perguntou mais: - 'Está sentindo alguma dor?' Com dificuldade respondi: - Não, mas sinto-me demasiado feliz para viver.
"Saiu e, daí a pouco, voltou acompanhado por um dos anciãos da igreja. Esse ancião sempre foi um homem de espírito ponderado e quase nunca ria. Ele, ao entrar, en­controu-me no mesmo estado, mais ou menos, como quan­do o rapaz o foi chamar. Queria saber o que eu sentia e eu comecei a lhe explicar. Mas, em vez de responder-me, foi tomado de um riso espasmódico. Parecia impossível evitar o riso que procedia do fundo do seu coração."
Nessa altura, entrou certo rapaz que começara a fre­qüentar os cultos da igreja. Presenciou tudo por alguns momentos, até cair ao chão em grande angústia de alma, clamando: "Orem por mim!"
O ancião da igreja e o outro crente oraram e depois Fin­ney também orou e logo após todos se retiraram deixando Finney sozinho.
Ao deitar-se para dormir, Finney adormeceu, mas logo se acordou, por causa do amor que lhe transbordava do co­ração. Isso aconteceu repetidas vezes durante a noite. Sobre isso ele escreveu depois:
"Quando me acordei, de manhã, a luz do sol penetrava no quarto. Faltam-me palavras para exprimir os meus sen­timentos ao ver a luz do sol. No mesmo instante, o batismo do dia anterior voltou sobre mim. Ajoelhei-me ao lado da cama e chorei pelo gozo que sentia. Passei muito tempo sem poder fazer coisa alguma senão derramar a alma pe­rante Deus".
Durante o dia, o povo se ocupava em falar na conversão do advogado. Ao anoitecer, sem qualquer anúncio do culto, ajuntou-se uma multidão no templo. Quando Finney relatou o que Deus fizera na sua alma, muitos foram profunda­mente comovidos; um, sentiu-se tão convicto que voltou a casa sem o chapéu. Certo advogado afirmou: "É claro que ele é sincero; mas que enlouqueceu, é evidente." Finney fa­lou e orou com grande liberdade. Realizavam-se cultos to­das as noites por algum tempo, aos quais assistiam pessoas de todas as classes. Esse grande avivamento espalhou-se para muitos lugares em redor.
Finney continuou:
"Por oito dias [depois da sua conversão) o meu cora­ção permanecia tão cheio, que não sentia desejo de comer nem de dormir. Parecia-me que tinha um manjar para co­mer que o mundo não conhecia. Não sentia necessidade de alimentar-me nem de dormir... Por fim, cheguei a ver que devia comer como de costume e dormir quanto fosse possí­vel.
"Grande poder acompanhava a Palavra de Deus; todos os dias admirava-me ao notar como poucas palavras, diri­gidas a uma pessoa, traspassavam-lhe o coração como uma seta.
"Não demorei muito em ir visitar meu pai. Ele não era salvo; o único membro da família que fizera profissão de religião era meu irmão mais novo. Meu pai encontrou-me no portão e me perguntou: - 'Como tem passado, Carlos?' Respondi-lhe: - Bem, meu pai, tanto no corpo como na al­ma. Meu pai, o senhor já é idoso, todos os seus filhos estão crescidos e casados; e nunca ouvi alguém orar na sua casa. Ele baixou a cabeça e começou a chorar, dizendo: - 'É ver­dade, Carlos; entre, e você mesmo ore'.
"Entramos e oramos. Meus pais ficaram comovidos e, não muito depois, converteram-se. Se a minha mãe tinha qualquer esperança antes, ninguém o sabia".
Assim, esse advogado, Carlos G. Finney, perdeu todo o gosto pela sua profissão e se tornou um dos mais famosos pregadores do Evangelho. Acerca de seu método de trabalhar, ele escreveu:
"Dei grande ênfase à oração como indispensável, se realmente queríamos um avivamento. Esforçava-me por ensinar a propiciação de Jesus Cristo, sua divindade, sua missão divina, sua vida perfeita, sua morte vicária, sua ressurreição, a necessidade de arrependimento e de fé, a justificação pela fé, e outras doutrinas que se tornaram vi­vas pelo poder do Espírito Santo.
"Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto, intensivo evangelismo pessoal e cultos para a instrução dos interessados.
"Eu tinha o costume de passar muito tempo orando; acho que, às vezes, orava realmente sem cessar. Achei, também, grande proveito em observar freqüentemente dias inteiros de jejum em secreto. Em tais dias, para ficar inteiramente sozinho com Deus, eu entrava na mata, ou me fechava dentro do templo..."
Vê-se no seguinte, a maneira como Finney e seu com­panheiro de oração, o irmão Nash, "bombardeavam" os céus com as suas intercessões:
"Quase um quilômetro distante da residência do se­nhor S, morava certo adepto do universalismo. Nos seus preconceitos religiosos, recusava-se a assistir aos cultos. Certa vez o irmão Nash, que se hospedava comigo na casa do senhor S, retirou-se para dentro da mata para lutar em oração, sozinho, bem cedo de madrugada, conforme seu costume. A atmosfera era tal nessa ocasião que se ouvia qualquer som de longe. O universalista ao levantar-se, de madrugada, saiu de casa e ouviu a voz de quem orava, e, apesar de não compreender muitas das palavras, reconhe­ceu quem orava. E isso traspassou-lhe o coração como uma flecha. Sentiu a realidade da religião como nunca. A flecha permanecia. E ele achou alívio somente crendo em Cris­to".
Acerca do espírito de oração, Finney afirmou que "era coisa comum nesses avivamentos, os recém-convertidos se acharem tomados pelo desejo de orar noites inteiras até lhes faltarem as forças físicas. O Espírito Santo constran­gia grandemente o coração dos crentes, e sentiam constan­temente a responsabilidade pela salvação das almas imor­tais. A solenidade da mente se manifestava no cuidado com que falavam e se comportavam. Era muito comum encontrar crentes juntos caídos de joelhos em oração em vez de ocupados em palestras".
Em certo tempo, quando as nuvens de perseguição enegreciam cada vez mais, Finney, como era seu costume sob tais circunstâncias, sentia-se dirigido a dissipá-las, oran­do. Em vez de falar pública ou particularmente acerca das acusações, ele orava. Acerca da sua experiência escreveu: "Eu olhava para Deus com grande anelo, dia após dia, ro­gando que Ele me mostrasse o plano a seguir e a graça para suportar a borrasca... O Senhor mostrou-me, em uma vi­são, o que eu tinha de enfrentar. Ele chegou-se tão perto de mim, enquanto eu orava, que a minha carne literalmente estremecia sobre os ossos. Eu tremia da cabeça aos pés, sob o pleno conhecimento da presença de Deus".
Acrescentamos mais um exemplo, tirado da sua auto­biografia, da maneira de o Espírito Santo operar na sua pregação:
"Ao chegar, na hora anunciada para iniciar o culto, achei o prédio da escola repleto e tinha de ficar em pé perto da entrada. Cantamos um hino, isto é, o povo pretendia cantar. Entretanto, eles não tinham o costume de cantar os hinos de Deus, e cada um desentoava à sua própria ma­neira. Não podia conter-me e lancei-me de joelhos e come­cei a orar. O Senhor abriu as janelas dos céus, derramou o espírito de oração e entreguei-me de toda a alma a orar.
"Não escolhera um texto, mas logo ao levantar-me dos joelhos, eu disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade . Acrescentei que havia dois homens, um se chamava Abraão, e outro, Ló... Contei-lhes como Ló se mudara para Sodoma... O lugar era excessiva­mente corrupto... Deus resolveu destruir a cidade e Abraão orou por Sodoma. Mas os anjos acharam somente um justo lá, era Ló. Os anjos disseram: 'Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo'.
"Ao relatar estas coisas, os ouvintes se mostraram ira­dos a ponto de me açoitarem. Nessa altura, deixei de pre­gar e lhes expliquei que compreendera que nunca se reali­zara culto ali e que eu tinha o direito de, assim, considerá-los corruptos. Salientei isso com mais e mais ênfase e, com o coração cheio de amor até não poder mais conter-me.
"Depois de eu assim falar cerca de quinze minutos, pa­recia cair sobre os ouvintes uma tremenda solenidade e co­meçaram a cair ao chão, clamando e pedindo misericórdia. Se eu tivesse tido uma espada em cada mão, não os pode­ria derrubar tão depressa como caíram. De fato, dois mi­nutos depois de os ouvintes sentirem o choque do Espírito vir sobre eles, quase todos estavam ou caídos de joelhos ou prostrados no chão. Todos os que podiam falar de qualquer maneira, oravam por si mesmos.
"Tive de deixar de pregar, porque os ouvintes não pres­tavam mais atenção. Vi o ancião que me convidara para pregar, sentado no meio do salão, olhando em redor, estu­pefato. Gritei bem alto para ele ouvir, apesar da balbúrdia, pedindo-lhe que orasse. Caiu de joelhos e começou a orar em voz retumbante; mas o povo não prestou atenção. Gritei: Vós não estais ainda no Inferno; quero dirigir-vos a Cristo. O coração transbordava de gozo ao presenciar tal cena. Quando pude dominar os meus sentimentos, virei-me para um rapaz que estava perto de mim, consegui atrair a sua atenção e preguei Cristo, em voz bem alta, ao seu ouvido. Logo, ao olhar para a 'cruz' de Cristo, ele acal­mou-se por um pouco e então rompeu em oração pelos ou­tros. Depois fiz o mesmo com um outro; depois com mais outro e continuei assim tratando com eles até a hora do culto da noite, na aldeia. Deixei o ancião que me convidara a pregar, para continuar a obra com os que oravam.
"Ao voltar, havia tantos clamando a Deus que não po­demos encerrar a reunião, que continuou o resto da noite. Ao amanhecer o dia, alguns ainda permaneciam com a alma ferida. Não se podiam levantar e, para dar lugar às aulas, foi necessário levá-los a uma residência não muito distante. De tarde mandaram chamar-me porque ainda não findara o culto.
"Só nesta ocasião cheguei a saber a razão de o auditório agastar-se da mensagem. Aquele lugar cognominava-se 'Sodoma' e havia somente um homem piedoso lá a quem o povo tratava de 'Ló'. Era o ancião que me convidara a pre­gar."Depois de já velho, Finney escreveu acerca do que o Se­nhor fez em "Sodoma". "Embora esse avivamento caísse tão repentinamente sobre eles era tão empolgante que as conversões eram profundas e a obra permanente e genuína. Nunca ouvi falar em qualquer repercussão desfavorável."
Não foi só na América do Norte que Finney viu o Espí­rito Santo cair e abater os ouvintes em terra. Na Inglater­ra, durante os nove meses de evangelização, que Finney promoveu lá, multidões também se prostraram enquanto ele pregava - em certa ocasião mais de dois mil, de uma vez.
Alguns pregadores confiam na instrução e ignoram a obra do Espírito Santo. Outros, com razão, rejeitam tal ministério infrutífero e sem graça; oram a Deus para o Espírito Santo tomar conta e alegram-se no grande pro­gresso da obra de Deus. Mas, ainda outros, como Finney, dedicam-se a buscar o poder do Espírito Santo, sem des­prezar a arma de instrução, e vêem resultados incrivel­mente mais vastos.
Durante os anos de 1851 a 1866, Finney foi diretor do Colégio de Oberlin e ensinou a um total de 20 mil estudan­tes. Dava mais ênfase ao coração puro e ao batismo com o Espírito Santo do que à preparação do intelecto; de Ober­lin saiu uma corrente contínua de alunos cheios do Espíri­to Santo. Assim, depois dos anos de uma campanha inten­siva de evangelismo e no meio dos seus esforços no colégio, "em 1857, Finney via cerca de 50 mil, todas as semanas, converterem-se a Deus." (By My Spirit, Jônathan Go­forth, p. 183.) Os diários de New York, às vezes quase não publicavam outras notícias, senão do avivamento.
Suas lições aos crentes sobre avivamento foram publi­cadas, primeiro em um jornal e depois em um livro de 445 páginas e que se intitulava "Discursos Sobre Avivamen­tos". As primeiras duas edições, de 12 mil exemplares, fo­ram vendidas logo ao saírem do prelo. Outras edições fo­ram impressas em vários idiomas. Uma só editora em Lon­dres publicou 80 mil. Entre suas outras obras de circulação mundial, contam-se as seguintes: sua "Autobiografia", "Discursos aos Crentes" e "Teologia Sistemática".
Os convertidos nos cultos de Finney eram pela graça constrangidos a andar de casa em casa para ganhar almas. Ele mesmo se esforçava para preparar o maior número de obreiros em Oberlin College. Mas o desejo que ardia sem­pre em tudo era o de transmitir a todos o espírito de ora­ção. Pregadores como Abel Câry e Father Nash viajavam com ele e, enquanto ele pregava, eles continuavam prostrados em oração. Vejamos isso nas palavras de Finney:
"Se eu não tivesse o espírito de oração, não alcançaria coisa alguma. Se por um dia, ou por uma hora eu perdesse o espírito de graça e de súplica, não poderia pregar com po­der e fruto, e nem ganhar almas pessoalmente."
Para que alguém não julgue que a obra era superficial, citamos outro escritor: "Descobriu-se, por pesquisa empol­gante, que mais de 85 pessoas de cada 100 que se conver­tiam sob a pregação de Finney, permaneciam fiéis a Deus; enquanto 75 pessoas de cada cem, das que professaram conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores, se desviavam. Parece que Finney tinha o poder de impressio­nar a consciência dos homens, sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais per­manente." (Deeper Experiences of Famous Christians, p. 243.)
Finney continuou a inspirar os estudantes de Oberlin College até a idade de 82 anos. Já no fim da vida, perma­necia tão lúcido de mente como quando jovem e sua vida nunca foi tão rica no fruto do Espírito e na beleza da sua santidade do que nesses últimos anos. No domingo, 16 de agosto de 1875, pregou seu último sermão. Mas de noite não assistiu ao culto. Ao ouvir os crentes cantarem "Jesus lover of my soul, let me to Thy bosom fly", saiu até o por­tão na frente da casa, e com estes que tanto amava, foi a última vez que cantou na terra. Acordou-se à meia-noite, sofrendo dores lancinantes no coração. Sofrera assim mui­tas vezes durante a sua vida. Semeara as sementes de avi­vamento e as regara com lágrimas. Todas as vezes que re­cebeu o fogo da mão de Deus, foi com sofrimento. Final­mente, antes de amanhecer o dia, dormiu na terra para acordar na Glória, nos céus. Faltavam-lhe apenas treze dias para completar 83 anos de vida aqui na terra.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Por que tarda o @vivamento ?

Harnack definiu o cristianismo como “algo muito simples e muito sublime: viver no tempo e na eternidade sob o olhar de Deus, e com a ajuda dele”.
Ah, se os crentes pudessem estar cônscios da eternidade! Ah, se pudéssemos viver cada momento sob o olhar de Deus, se pudéssemos viver tendo sempre em mente o juízo final, e vender tudo que vendemos tendo em mente o juízo final, e fazer todas as nossas orações, dar o dízimo de tudo que possuímos, tendo em mente o juízo final; e se nós pregadores preparássemos nossas mensagens com um olho voltado para a humanidade perdida e outro para o trono do juízo final, então experimentaríamos um avivamento operado pelo Espírito Santo que abalaria esta terra, e que em pouco tempo salvaria milhões e milhões de vidas preciosas.
A baixa moralidade prevalente hoje em dia, bem como as tentativas das diversas seitas e cultos de dominar o mundo, deveriam deixar-nos alarmados. Alguém já disse, e com muita razão, que existem apenas três tipos de pessoas no mundo hoje: os que têm medo, os que não conhecem a realidade o suficiente para chegar a ter medo, e os que conhecem a Bíblia. Sodoma — onde não havia Bíblia, nem pastores, nem folhetos, nem reuniões de oração, nem igrejas — pereceu. Como será que os Estados Unidos e a Inglaterra vão escapar da ira de Deus? Aqui temos milhões de bíblias, centenas de milhares de igrejas, um sem número de pregadores — e quanto pecado!
Os homens constroem nossos templos, mas não entram neles; imprimem bíblias, mas não as lêem; falam de Deus, mas não crêem nele; conversam a respeito de Cristo, mas não confiam nele para sua salvação; cantam nossos hinos, mas depois os esquecem. Onde é que vamos parar com tudo isso?
Em quase todos os seminários de estudos bíblicos hoje a igreja atual é descrita nos termos da carta aos efésios. Afirma-se que, apesar de toda a nossa carnalidade e pecado, estamos sentados com Cristo nos lugares celestiais. Que mentira! Somos efésios, sim, mas da Igreja de Éfeso do Apocalipse, aquela que abandonou o seu "primeiro amor". Fazemos concessões ao pecado em vez de fazermos oposição a ele. E nossa sociedade licenciosa, libertina, leviana nunca se curvará diante dessa igreja fria, carnal, crítica. Paremos de ficar procurando desculpas para nosso fracasso. A culpa pelo declínio da moralidade não é do cinema e da televisão. A culpa pela atual corrupção e depravação internacional é toda da igreja. Ela não é mais um espinho nas ilhargas do mundo. E não foi nos momentos de popularidade que a verdadeira igreja triunfou, mas, sim, nas horas de adversidade. Como podemos ser tão ingênuos a ponto de pensar que a igreja está apresentando aos homens o padrão estabelecido por Jesus no Novo Testamento, com esse baixo padrão de espiritualidade que ela ostenta.
Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples. Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.
Tarda porque nossos cultos evangelísticos parecem mais shows teatrais do que pregação do evangelho.
O avivamento tarda porque os evangelistas de hoje têm receio de falar contra as falsas religiões.
Elias zombou dos profetas de Baal, e debochou da sua incapacidade de fazer chover. Seria melhor que saíssemos à noite (como fez Gideão), e derrubássemos os postes-ídolos dos falsos deuses, do que deixar de realizar a vontade de Deus. As seitas anticristãs e as religiões ímpias desta nossa hora final constituem um insulto contra Deus. Será que ninguém fará soar o alarme?
Por que não protestamos? Se tivéssemos metade da importância que julgamos ter e um décimo do poder que pensamos possuir, estaríamos recebendo um batismo de sangue, tanto quanto recebemos de água e fogo.
As portas das igrejas da Inglaterra se fecharam para João Wesley. E um de seus críticos disse que “ele e seus tolos pregadores leigos — esses grupos de funileiros, garis, carroceiros e limpadores de chaminés — estão saindo por aí a envenenar a mente das pessoas”. Que linguagem abusiva! Mas Wesley não tinha medo nem de homens nem de demônios. E se Whitefield era ridicularizado nas peças de teatro da Inglaterra da maneira mais vergonhosa possível, e se os cristãos do Novo Testamento foram apedrejados e sofreram todo tipo de ignomínia, por que será que nós, hoje em dia, não provocamos mais a ira do inferno, já que o pecado e os pecadores continuam sempre os mesmos? Por que será que somos tão gelados e enfadonhos? É bem verdade que pode haver muito tumulto sem avivamento. Mas, à luz do ensino bíblico e da história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto.
O avivamento tarda porque não temos mais intensidade e fervor na oração. Há algum tempo, um famoso pregador, ao iniciar uma série de conferências, fez a seguinte declaração: “Vim para esta série de conferências com grande desejo de orar. Agora peço àqueles que gostariam de carregar junto comigo esse peso que ergam uma das mãos, e que ninguém seja hipócrita”.
Um bom número de pessoas levantou a mão. Mas, lá pelo meio da semana, quando alguns resolveram promover uma vigília, o grande pregador foi dormir. Que hipocrisia! Já não existe mais integridade. Tudo é superficial. O fator que mais retarda a vinda de um avivamento do Espírito Santo é essa ausência de angústia de alma. Em vez de buscarmos a propagação do reino de Deus, estamos fazendo mais propaganda. Que loucura! Quando Tiago (5.17) diz que Elias “orou”, estava acrescentando um valioso adendo à biografia dele registrada no Velho Testamento. Sem essa observação, ao lermos ali: “Elias profetizou”, concluiríamos que a oração não fez parte da vida dele.
Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica.
A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno, e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?
Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória que pertence a Deus. Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão importantes, se não tivessem sido apresentados como tal.
Coitado de Deus! Ele não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística, egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós, pelos pregadores!
Por : Leonard Ravenhill

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Escola Coram Deo Campo Grande - Cariacica ES.

Nosso objetivo é:
Despertamento Espiritual, Cura Emocional e Treinamento Ministerial. Esta é uma Escola profética em prol da restauração. Queremos preparar líderes espirituais a fim de que eles sirvam com efetividade, paixão e fluência com discernimento dos dons, para edificação do corpo de Cristo na Igreja local, com uma visão abrangente do reino de Deus.

Nossa visão é:
Ser um instrumento de Deus para a restauração da noiva e unificação do Corpo de Cristo no Brasil. Queremos ver uma geração de discípulos, adoradores sinceros, apaixonados por Jesus, tocados por Deus, libertos do pecado e da religião, rendidos a uma aliança de amor e santidade. Pessoas geradas em meio à glória de Deus para serem inflamadoras de coração.
Queremos através do desespero por Deus tocar o coração do Pai, nos importando com o perdido tendo o coração cheio de compaixão.
Esta será uma escola noturna, com aulas de segunda a sábado, entre 19:30h às 22:00h, com duração de 3 semanas, entre os dias 29 de Junho á 18 de Julho de 2009.

Local:
A escola será realizada na Igreja Vida Plena
Rua São João, 13 Campo Grande - Cariacica/ES (ao lado do BPM)

Nesta Escola temos ministrações sobre:
Arrependimento de obras Mortas, Evangelho do Reino, Paternidade de Deus, Princípios e Valores Cristãos, Caráter de Deus, Sacerdócio, Reino de Deus e suas influências, Avivamento, Missões, Ministério Profético, Adoração, Santidade, Paixão Pelos Perdidos, e outros... Através de líderes que tem sido referenciais na nação como uma voz profética.

Prelerores:
· Anderson Bomfim (Missão Mobilização) Curitiba - PR
· Carlos Eduardo Kaka (Ele Clama ) Contagem - MG
Fabio Souza (Rugido do Leão) Rio de Janeiro - RJ
· Fabricio Cezar (Coram Deo) Manhuaçu - MG
· Jeff Fromholz (Geração Benjamim) Volta Redonda - RJ
Jorge Russo (Ministerio Trio) Belo Horizonte - MG
Nelson Junior (Amigos do Noivo) Vitória - ES

Contatos:
Fabrício Cezar (27) 9706-7757
Pastora Penha (27) 8824-6359 ou (27) 3299-2242

E- mail:
Fabricioworshiper@hotmail.com

Locais de Inscrições:
Shopping Evangélico Shekina - Paula
Av. Expedito Garcia, 165 Campo Grande (27) 3336-0945

Song's Instrumentos Musicais
Rua Cb Ailson Simões, 560
Centro - Vila Velha - ES tel 33400544

Valores e formas de pagamento:
1- 100,00 (até 20/06),
2- 115,00 (até 29/06 abertura)

Acesse:
http://ministeriocoramdeo.blogspot.com/

Dias inesquecíveis que irão transformar sua vida!
Dias de Glória!

Dias de Avivamento!

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Evangelho dos Evangélico

Por Ed Rene Kivitz

“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” [Jesus Cristo]

Estou convencido de que um é o evangelho dos evangélicos, outro é o evangelho do reino de Deus. Registro que uso o termo “evangélico” para me referir à face hegemônica da chamada igreja evangélica, como se apresenta na mídia radiofônica e televisiva.

O evangelho dos evangélicos é estratificado. Tem a base e tem a cúpula. Precisamos falar com muito cuidado da base, o povo simples, fiel e crédulo. Mas precisamos igualmente discernir e denunciar a cúpula. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé; a cúpula, muita vez é oportunista, mal intencionada, e age de má fé. A base transita livremente entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões afro. A base vai à missa no domingo, faz cirurgia em centro espírita, leva a filha em benzedeira, e pede oração para a tia que é evangélica. Assim é o povo crédulo e religioso. Uma das palavras chave desta estratificação é “clericalismo”: os do palco manipulando os da platéia, os auto-instituídos guias espirituais tirando vantagem do povo simples, interesseiro, ignorante e crédulo.

A cúpula é pragmática, e aproveita esse imaginário religioso como fator de crescimento da pessoa jurídica, e enriquecimento da pessoa física. Outra palavra chave é “sincretismo”. A medir por sua cúpula, a igreja evangélica virou uma mistura de macumba, protestantismo e catolicismo. Tem igreja que se diz evangélica promovendo “marcha do sal”: você atravessa um tapete de sal grosso, sob a bênção dos pastores, e se livra de mal olhado, dívida, e tudo que é tipo de doença. Já vi igreja que se diz evangélica distribuir cajado com água do Jordão (i.é, um canudo de bic com água de pia), para quem desejasse ungir o seu negócio, isto é, o seu business. Lembro de assistir a um programa de TV onde o apresentador prometia que Deus liberaria a unção da casa própria para quem se tornasse um mantenedor financeiro de sua igreja.

O povo religioso é supersticioso e cheio de crendices. Assim como o Brasil. Somos filhos de portugueses, índios, africanos, e muitos imigrantes de todo canto do planeta. Falar em espíritos na cultura brasileira é normal. Crescemos cheios de crendices: não se pode passar por baixo de escada; gato preto dá azar; caiu a colher, vem visita mulher, caiu garfo, vem visita homem; e outras tantas idéias sem fundamento. Somos assim, o povo religioso é assim. Tem professor de universidade federal dando aula com cristal na mão para se energizar enquanto fala de filosofia.

E a cúpula evangélica aproveita a onda e pratica um estelionato religioso: oferece uma proposta ritualística que aprisiona, promove a culpa e, principalmente, ilude, porque promete o que não entrega. Aliás, os jornais começam a noticiar que os fiéis estão reivindicando indenizações e processando igrejas por propaganda enganosa.

O evangelho dos evangélicos é estratificado. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé, e a cúpula é oportunista. A base transita entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões-afro, e a cúpula é pragmática. A base é cheia de crendices e a cúpula pratica o estelionato religioso.

O evangelho dos evangélicos é mercantilista, de lógica neoliberal. Nasce a partir dos pressupostos capitalistas, como, por exemplo, a supremacia do lucro, a tirania das relações custo-benefício, a ênfase no enriquecimento pessoal, a meritocracia – quem não tem competência não se estabelece. Palavra chave: prosperidade. Desenvolve-se no terreno do egocentrismo, disfarçado no respeito às liberdades individuais. Palavra chave: egoísmo. Promove a desconsideração de toda e qualquer autoridade reguladora dos investimentos privados, onde tudo o que interessa é o lucro e a prosperidade do empreendedor ou investidor. Palavra chave: individualismo. Expande-se a partir da mentalidade de mercado. Tanto dos líderes quanto dos fiéis. Os líderes entram com as técnicas de vendas, as franquias, as pirâmides, o planejamento de faturamento, comissões, marketing, tudo em favor da construção de impérios religiosos. Enquanto os fiéis entram com a busca de produtos e serviços religiosos, estando dispostos inclusive a pagar financeiramente pela sua satisfação. Em síntese, a religião na versão evangélica hegemônica é um negócio.

O sujeito abre sua micro-empresa religiosa, navega no sincretismo popular, promete mundos e fundos, cria mecanismos de vinculação e amarração simbólicas, utiliza leis da sociologia e da psicologia, e encontra um povo desesperado, que está disposto a pagar caro pelo alívio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua ganância.

Em terceiro lugar, o evangelho dos evangélicos é mágico. Promove a infantilização em detrimento da maturidade, a dependência em detrimento da emancipação, e a acomodação em detrimento do trabalho.

Pra ser evangélico você não precisa amadurecer, não precisa assumir responsabilidades, não precisa agir. Não precisa agregar virtudes ao seu caráter ou ao processo de sua vida. Primeiro porque Deus resolve. Segundo porque se Deus não resolver, o bispo ou o apóstolo resolvem. Observe a expressão: “Estou liberando a unção”. Pensando como isso pode funcionar, imaginei que seria algo como o apóstolo ou bispo dizendo ao Espírito Santo: “Não faça nada por enquanto, eles não contribuíram ainda, e eu não vou liberar a unção”.

Existe, por exemplo, a unção da superação da crise doméstica. Como isso pode acontecer? A pessoa passa trinta anos arrebentando com o seu casamento, e basta se colocar sob as mãos ungidas do apóstolo, que libera a unção, e o casamento se resolve. Quem não quer isso? Mágica pura.

O sujeito é mau-caráter, incompetente para gerenciar o seu negócio, e não gosta de trabalhar. Mas basta ir ao culto, dar uma boa oferta financeira, e levar para casa um vidrinho de óleo de cozinha para ungir a empresa e resolver todos os problemas financeiros.

Essa postura de não assumir responsabilidades, de não agir com caráter, e esperar que Deus resolva, ou que o apóstolo ou bispo liberem a unção tem mais a ver com pensamento mágico do que com fé.

Em quarto lugar, o evangelho dos evangélicos tem espírito fundamentalista. Peço licença para citar Frei Beto: “O fundamentalismo interpreta e aplica literalmente os textos religiosos, não sabe que a linguagem simbólica da Bíblia, rica em metáforas, recorre a lendas e mitos para traduzir o ensinamento religioso.” O espírito fundamentalista é literalista, e o mais grave é que o espírito fundamentalista se julga o portador da verdade, não admite críticas, considerações ou contribuições de outras correntes religiosas ou científicas.

Quem tem o espírito fundamentalista não dialoga, pois considera infiéis, heréticos, ou, na melhor das hipóteses, equivocados sinceros, todos os que não concordam com seus postulados, que não são do mesmo time, e não têm a mesma etiqueta. Quem tem o espírito fundamentalista se considera paradigma universal. Dialoga por gentileza, não por interesse em aprender. Ouve para munir-se de mais argumentos contra o interlocutor. Finge-se de tolerante para reforçar sua convicção de que o outro merece ser queimado nas fogueiras da inquisição. Está convencido de que só sua verdade há de prevalecer.

Mais uma vez Frei Beto: “o fundamentalista desconhece que o amor consiste em não fazer da diferença, divergência”. Por causa do espírito fundamentalista, o evangelho dos evangélicos é sectário, intolerante, altamente desconectado da realidade. O evangelho dos que têm o espírito do fundamentalismo é dogmático, hermético, fechado a influências, e, portanto, é burro e incoerente.

Em quinto lugar, o evangelho dos evangélicos é um simulacro. Simulacro é a fotografia mais bonita que o sanduíche. Não me iludo, o evangelho dos evangélicos é mais bonito na televisão do que na vida. As promessas dos líderes espirituais são mais garantidas pela sua prepotência do que pela sua fé. Temos muitos profetas na igreja evangélica, mas acredito que tenhamos muito mais falsos-profetas. Os testemunhos dos abençoados são mais espetaculares do que a realidade dos cristãos comuns. De vez em quando (isso faz parte da dimensão masoquista da minha personalidade) fico assistindo estes programas, e penso que é jogada de marketing, testemunho falso. Mas o fato é que podem ser testemunhos por amostragem. Isto é, entre os muitos que faliram, há sempre dois ou três que deram certo. O testemunho é vendido como regra, mas na verdade é apenas exceção.

A aparência de integridade dos líderes espirituais é mais convincente na TV e no rádio do que na realidade de suas negociatas. A igreja evangélica esta envolvida nos boatos com tráficos de armas, lavagem de dinheiro, acordos políticos, vendas de igrejas e rebanhos, imoralidade sexual, falsificação de testemunho, inadimplência, calotes, corrupção, venda de votos.

A integridade do palco é mais atraente do que a integridade na vida. A fé expressa no palco, e nas celebrações coletivas é mais triunfante, do que a fé vivida no dia a dia. Os ideais éticos, e os princípios de vida são mais vivos nos nossos guias de estudos bíblicos e sermões do que nas experiências cotidianas dos nossos fiéis. Os gabinetes pastorais que o digam: no ambiente reservado do aconselhamento espiritual a verdade mostra sua cara.


Estratificado, mágico, mercantilista, fundamentalista, e simulacro. Eis o evangelho dos “evangélicos”.

sábado, 4 de abril de 2009

Outro Deus...

Por Ed Rene Kivitz

Por que “outro Deus”? Para responder, preciso fazer uma confissão: gosto de Marx (1818 – 1883), Nietzsche (1844-1900), Freud (1856-1939), Sartre (1905 – 1980), e outros caras do tipo.
Gosto porque são passionais, ou melhor, prefiro dizer viscerais, e honestos, pelo menos no que escreveram. Gosto porque suas perguntas deixam os religiosos, como eu, por exemplo, no canto da parede.
Gosto porque suas perguntas não têm nada a ver com Deus. Têm tudo a ver com os religiosos, ou se você preferir, com a idéia religiosa de Deus, o que Saramago chamou de “fator Deus” – a maneira como Deus é percebido, crido, tratado pelos que nele crêem.
A religião, no sentido de “fator Deus”, de fato, é um esconderijo para gente alienada, covarde e infantil. Não são poucos os que se apegam ao “fator Deus” em busca de consolo para sua infelicidade na existência e sobrevivem do sonho do paraíso pós morte, deixando a história entregue aos oportunistas.
Muita gente procura em Deus o pai que nunca teve e ou gostaria de ter tido, isto é, aquele protetor e provedor incondicional, para quem se corre quando a vida faz careta. Outros há que se recolhem em Deus fugindo exatamente da possibilidade de encarar as caretas da vida, numa recusa em assumir a responsabilidade de escrever uma biografia digna, entregando tudo aos desígnios determinados pelo céu, a famosa vontade de Deus.
Por que “outro Deus”? Porque um Deus que gera alienados, infantis e covardes não é Deus, é um deus. Um Deus “costas largas”, como diz minha mãe, responsabilizado por todas as mazelas da vida, e é cobrado por solucionar rápido o desconforto dos seus fiéis, não é Deus, mas um deus, isto é, um ídolo.
Mas há coisa pior do que ser alienado, infantil e covarde. Dizem que pouca gente faz tanto mal quanto os estúpidos engajados, os idiotas trabalhadores. Quando o sujeito é um estúpido ou idiota preguiçoso, passivo, causa pouco estrago. Mas quando o sujeito é dedicado, comprometido, voluntarioso, então o estrago é grande.
Eles descambam para os fundamentalismos, promovem os sectarismos, abusam de sua pseudo autoridade, manipulam gente piedosa, usam a religião em benefício próprio, instrumentalizam o nome de Deus, e transformam o que seria esperança em niilismo e cinismo. Estes tais serviram para Nietzsche justificar sua angústia: “Se mais remidos se parecessem os remidos, mais fácil me seria crer no redentor”.

Chegou a minha vez de dizer que “Deus morreu, vocês mataram Deus”. Sei dos riscos. Dizem que gato escaldado tem medo de água fria. Mas alguns gatos não se dão por vencidos. Aliás, dizem também que gatos têm sete vidas. Que seja.

Tudo bem, posso atenuar um pouco, respeitando as pessoas que me querem bem e temem por mim. Temem que eu me comprometa em lutas quixotescas. Temem as retaliações que possa sofrer. E, na verdade, temem que eu perca o juízo e a fé. Nesse caso, dou um passo atrás e digo que um deus morreu em mim. E nasceu outro, que me seduziu com amor eterno. Por Ele me apaixonei.

O deus que morreu foi exaltado na sub-cultura da religiosidade evangélica brasileira. Basicamente, era um deus que (1) vivia de plantão para me poupar de qualquer tragédia, evitar meus sofrimentos, e abreviar as situações que me trariam qualquer desconforto; (2) prometia satisfazer não apenas minhas necessidades, mas também meus desejos; (3) estava comprometido a me favorecer em todas as minhas demandas contra os pagãos; (4) compensava minhas irresponsabilidades e ignorâncias em troca de minha fé; (5) manipulava todas as circunstâncias da minha vida como um tapeceiro que corta fios e dá nós no emaranhado do avesso do tapete, para revelar a bela paisagem ao final do processo, capaz de encantar todos aqueles que olham pelo lado certo. Enfim, morreu em mim aquele deus parecido com a figura idealizada de um super-pai, que levou homens como Freud, Nietzsche e Sartre a desdenharem da religião.

Esse deus morreu em mim porque se demonstrou falso. Isto é, ou não existia de fato, ou estava descrito de maneira equivocada, pois não precisamos ser muito sagazes para perceber que (1) o justo sofre, (2) o justo convive com frustrações, (3) os maus prosperam, (4) Deus não faz o que compete aos seres humanos fazer, e (5) não se pode conceber que Deus tenha decidido na eternidade que a missionária fulana de tal seria estuprada numa esquina de São Paulo, para cumprir um propósito, pois nesse caso, o estuprador está isento de responsabilidade.

Não é razoável a crença em um deus que coloca os seus fiéis numa bolha protetora contra toda sorte de dificuldades e possibilidades de dores. A Bíblia Sagrada registra que todos os homens que foram íntimos de Deus e cumpriram tarefas designadas por Ele sofreram, mais até do que muitos que deram as costas para Ele. Isso levou Santa Teresa de Ávila afirmar: “Se o Senhor trata assim os seus amigos, não se admira que tenha tantos inimigos”. Também não faz sentido o relacionamento com Deus motivado pelo interesse de suas bênçãos e galardões, pois isso faz com que Deus deixe de ser um fim em si mesmo e passe a ser um meio de prosperidade, isto é, passa a ser um ídolo a serviço dos fiéis. Igualmente incoerente é acreditar que a fé é suficiente para o êxito, pois ninguém passa no vestibular “pela fé”. Finalmente, não é sensato acreditar que Deus é a causa de tudo quanto acontece no mundo, pois nesse caso Deus estaria por trás de todo ato de maldade, levando o malvado a agir, de modo que ninguém seria culpado pelos seus atos.

Essa coisa de “Deus tem um plano para cada criatura” é incoerente em relação à fé cristã, pois seres criados à imagem e semelhança de Deus não podem ser privados da liberdade. Ou os seres humanos são responsáveis pelos seus destinos, ou não podem ser julgados moralmente.

Esse deus morreu. Mas sua morte fez ecoar uma pergunta no ar: Deus tem um favor especial aos nascidos de novo? Isto é, em relação aos não cristãos, os cristãos são tratados de maneira diferente pelo seu Deus? Minha resposta é sim e não.

Sim, porque por definição aqueles que se relacionam de maneira consciente e voluntária com Deus desfrutam de possibilidades que extrapolam os horizontes de vida daqueles que vivem como se Deus não existisse. A pergunta a respeito do cuidado especial de Deus não se refere a favoritismo ou acepção de pessoas, mas de algo inerente ao relacionamento. Algo como alguém perguntar se uma mãe trata diferente seus filhos em relação a outras crianças. É claro que sim, pois estão sob seus cuidados e sob sua autoridade. Mas, em tese, uma mulher que vive a experiência da maternidade trata todas as crianças com o mesmo senso de justiça e compaixão. E é justamente nesse sentido que Deus não faz qualquer distinção entre os que o reconhecem e os que o rejeitam: Deus faz o sol nascer sobre justos e injustos.

Mas então, qual foi o Deus que nasceu para ocupar o lugar do deus que morreu? Ou se preferir, para tornar a coisa um pouco mais prática, o que posso esperar de Deus?

(1) Sendo cristão, enxergo a vida com outros olhos. Experimentei a metanóia, que chamam de arrependimento, mas creio ser uma expansão de consciência (do gr. meta = além, e nous = mente). Vivo sob valores, imperativos, prioridades e propósitos diferenciados. Conhecer a Deus me faz andar na luz, na verdade, livre de pesos, culpas e máscaras, com a consciência e as intenções tão puras quanto um ser humano imperfeito as pode ter, e isso já basta para que minha vida dê um salto de qualidade imensurável.

(2) Recebo subsídios de Deus no meu “homem interior”, pois sendo verdade que “tudo posso naquele que me fortalece” aprendo a viver o contentamento em toda e qualquer situação. As promessas de Deus aos seus não dizem respeito ao conforto circunstancial ou à prosperidade aqui e agora, mas afetam a interioridade humana, por exemplo, com paz que excede o entendimento e alegria completa. Mais do que isso, a intimidade com Deus não faz a minha vida mais fácil, mas me faz mais humano, mais maduro, mais capaz de amar com a lucidez que escolhe as coisas mais excelentes, mais capaz de enfrentar com dignidade toda e qualquer situação.

(3) Sou integrado numa comunidade de cristãos que me abençoa na dinâmica da mutualidade. O socorro de Deus para minha vida chega pelas mãos dos meus irmãos. São os meus irmãos que me falam as palavras de Deus, repartem comigo seu pão, andam ao meu lado no vale da sombra da morte. Experimento a presença de Deus na comunhão com os filhos de Deus, vendo Deus na face dos irmãos.

(4) Tenho minha consciência e sensibilidades despertadas para o sofrimento da raça humana e a agonia do cosmos que sofre suas dores, de modo a receber um pouco do amor e da compaixão do coração de Deus em meu próprio coração, e acato a utopia do novo céu e da nova terra não como sonhos irrealizável, mas como promessa que motivas à ação toda vez que sou interpelado pelo Deus que me fala desde o clamor dos oprimidos.

(5) Vivo sob o olhar amoroso, poderoso e justo de Deus, que interfere em minha vida à luz de sua economia eterna, à seu critério, e isso é mistério da graça, isto é, não depende dos méritos dos beneficiados. Descanso no fato de que, apesar de Deus não ser a causa primeira de tudo quanto me acontece, não há qualquer coisa que venha me acontecer que esteja fora do seu conhecimento, controle e cuidado. É suficiente crer que toda vez que Deus opta por deixar a vida correr seu curso normal – e geralmente é isso o que Deus faz – nada pode me separar do seu amor, que está em Cristo Jesus meu Salvador.

Em síntese, morreu o deus que fazia de mim uma criança mimada, que chorava a cada desencontro da vida. Recebi revelação do Deus que me convida a crescer, para que Ele possa me receber como seu cooperador, seu amigo, alguém com quem Ele não tem segredos, e que encontra a felicidade não na vida confortável, mas na vida digna. Com a morte de um deus, morreu também uma espiritualidade. E nasceu outra, marcada pela graça, pela fé e pela resistência.

domingo, 8 de março de 2009

Linhares Esta na Mira de Deus.

 Prepare-se por que vem a tua Luz, e a Gloria do Senhor virá sobre Ti.

Não temos duvidas de que o Senhor tem algo muito precioso para esta terra, aqui habita um povo simples e de Deus, apaixonado pelo Senhor, desesperado por uma realidade celestial verdadeira e genuína.

Deste o primeiro dia que chegamos aqui na cidade, fomos constrangidos pela simplicidade e pela hospitalidade e pelo amor e o serviço dos irmãos, formos muito honrados e abençoados pela vida e o coração de muitos deles. Alguns dias eu tive a sensação de que Deus tinha algo poderoso para igreja aqui, e a medida que os dias foram passando, esta convicção foi aumentando e posso concluir que de fato é uma verdade, Deus tem algo muito maior do que podemos pensar e imaginar.

Realmente Deus tem algo poderoso, e este dia está próximo. Creio que Deus tem trazido a esta terra alguns lideres e profetas homens de Deus que ele tem levantado a nível de nação para liberar palavras de Deus e abalar as estruturas Espirituais desta cidade. Os céus estão se abrindo, e uma influência do Reino de Deus virá como uma onda impetuosa, com muita força e força cada vez maior, varrendo estruturas e hostes espirituais do mal, levando pessoas a um profundo arrependimento e constrangimento pelos pecados e pelas praticas de iniqüidade.

Creio que uma fome tem crescido e um desejo de ver a face de Deus tem aumentado a igreja esta se levantando. Existe um povo abandonando superficialidade de um cristianismo raso e imediatista, abandonado a religiosidade de uma devoção sem conteúdo e sem essência de Deus. Existe muita expectativa pelo Senhor, e esta tem sido a causa das promessas e do favor. Deus não ira frustrar o povo mas ira suprir abundantemente segundo seu desejo e propósito.

Gostaria de compartilhar algo que nos impactou neste fim de semana dia 7-3.

Estávamos ministrando em uma reunião de jovens da Igreja Nova Aliança, Fizemos a parte do louvor, daí comecei a pregar sobre Amigos do Noivo e a necessidade pessoas se levantarem para cumprir seu chamado em Deus, foi uma palavra muito desafiadora e cheia de verdades espirituais. Depois de 1 horas e 30 minutos de precação chamei os irmãos para que pudessem responder a Deus a palavra ministrada.
Os jovens vieram e começaram a se prostrar, o Murilo começou a cantar uma musica de Kevin Prosch que diz: se pedirmos ele vira como chuva sobre nós, ele vira como chuva sobre nós.
Depois de uns 5 minutos de cânticos caiu uma forte chuva, mas foi muito derrepente as muitas águas. E um forte barulho encheu o auditório. Eu na hora só consegui dizer que a chuva é uma chuva profética, e disse pras pessoas que não abriram o coração para abrirem porque Deus queria romper algo sobrenatural, isso já era umas 22:30.
Eu fui pro canto, me ajoelhei e comecei a orar e falei com Deus.

Deus que loucura é esta, eu falei sobre muitas coisas relacionadas ao propósito de Deus pra cidade, eu disse também que esta era uma chuva profética.

Eu quero um sinal, Deus me da um sinal Senhor se esta chuva tem haver com algo profético pra cidade. Na hora eu me lembrei quando estava na escola do clamor pelas nações em 2004, em um momento de intercessão pela nação americana, Deus fez chover gelo e caiu uma chuva de gelo dentro do auditório. Daí eu pensei, seria muita pretensão pensar que vai chover aqui dentro.

Mas eu queria um sinal de Deus.
O líder de Jovens o Maelson, um irmão precioso que Deus tem levantado na cidade, disse que queria ir pra chuva e se molhar naquela água, ele cria que era uma água pra regar a semente que estava sendo liberada, naquela noite. Mas ele acabou não indo pra chuva, pra não escandalizar os irmãos, (imagina chegando o líder de jovens igual um pingüim, todo molhado no culto). Daí ele voltou pro seu lugar, o único lugar no auditório tinha uma única goteira era bem em cima da sua cabeça. Deus acabou molhando ele com a sua chuva.

E como não bastasse ele encheu um copo de água e derramou sobre minha cabeça, ele disse que Deus queria me molhar com aquela chuva. E começou a profetiza sobre minha vida, me abençoando em relação alguns projetos. Aquele ato profético foi de fato um sinal de Deus pra mim. Mas o maior sinal era a presença sobrenatural de Deus que testificou todas estas coisas.

Outro fator sobrenatural que aconteceu, foi um irmão estava no culto e seu carro tinha sofrido um acidente na semana e quebrou o vidro de traz. Então durante a chuva ele estava na frente ajoelhado e pensou: meu carro agora vai estar molhado como uma lagoa, por incrível que pareça o carro dele estava na chuva e não tinha um pingo d’água dentro. Ele compartilhou este testemunho um dia depois.

Glória a Deus! Verdadeiramente não temos como fugir, ou sequer abandonar ou negligenciarmos a vontade de Deus. Linhares esta na mira de Deus. Amados vamos abrir nossos olhos, vamos aguçar nossos sentidos espirituais, para percebermos o que Deus quer fazer aqui na cidade.

É tempo de jejuarmos intensamente e ouvirmos de Deus, por que certamente sua voz são como muitas aguas, e a aproximidade vai definir o som. 

Fabrício Cezar
Min. Coram Deo